Disfunção erétil: Sintomas, causas e tratamentos

30/11/2023 por Clínica Vitha

A disfunção erétil (DE) é um problema que afeta um número significativo de homens, especialmente à medida que envelhecem. Estima-se que até 322 milhões de homens em todo o mundo serão afetados por esse problema até 2025. A prevalência da DE torna essencial compreender suas causas, identificar os sintomas e explorar as opções de tratamento disponíveis. Neste artigo, abordaremos esses aspectos de forma abrangente.

A capacidade de manter uma ereção é crucial para uma vida sexual saudável, mas a DE pode impactar significativamente a qualidade de vida de um homem. A DE é caracterizada pela incapacidade de iniciar ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Nem sempre é fácil identificar as razões por trás desse problema, mas fatores físicos, psicológicos e estilo de vida desempenham papéis importantes.

A prevalência da disfunção erétil aumenta com a idade, afetando cerca de metade dos homens acima de 40 anos. No entanto, é fundamental entender que a DE não deve ser considerada uma parte inevitável do envelhecimento. Vários tratamentos eficazes estão disponíveis, e a busca por ajuda médica é essencial para compreender e abordar as causas subjacentes.

Sintomas

A manifestação da disfunção erétil vai além da dificuldade em obter ou manter uma ereção. Alguns homens podem experimentar ejaculação precoce, enquanto outros podem enfrentar uma demora para atingir uma ereção duradoura. É fundamental compreender que a DE pode ter diferentes apresentações em cada indivíduo.

Além disso, a DE pode ser um sintoma de condições subjacentes mais sérias, como problemas cardiovasculares ou neurológicos. A busca por ajuda médica é crucial quando os sintomas persistem, pois isso pode indicar a necessidade de avaliações mais aprofundadas.

Causas da disfunção erétil

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da disfunção erétil, sendo crucial reconhecê-los para orientar o tratamento adequado. Problemas circulatórios, como hipertensão, doença arterial coronariana e diabetes, podem impactar diretamente o fluxo sanguíneo para o pênis. Além disso, distúrbios neurológicos, anomalias anatômicas, desequilíbrios hormonais e o uso de certos medicamentos também são considerados causas comuns.

Os problemas circulatórios representam uma das principais causas físicas da disfunção erétil (DE). Condições como hipertensão arterial, doença arterial coronariana e diabetes têm um impacto direto no sistema vascular, comprometendo o fluxo sanguíneo para o pênis. A ereção depende da capacidade do corpo cavernoso do pênis de se encher de sangue, e qualquer obstáculo a esse processo pode resultar em dificuldades eréteis.

A hipertensão arterial, por exemplo, danifica as artérias, reduzindo a eficiência do transporte de sangue para várias partes do corpo, incluindo o pênis. Da mesma forma, a doença arterial coronariana, que envolve o estreitamento das artérias coronárias, pode comprometer o fluxo sanguíneo peniano. Já o diabetes, especialmente quando não controlado, pode causar danos nos vasos sanguíneos e nervos, aumentando a probabilidade de disfunção erétil.

Além dos problemas circulatórios, diversos outros fatores podem contribuir para a DE. Distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla ou lesões na medula espinhal, podem interferir nas vias nervosas responsáveis pela resposta erétil. Anomalias anatômicas, embora menos comuns, também podem desempenhar um papel, afetando a estrutura física do pênis e prejudicando seu desempenho.

Desequilíbrios hormonais, como a diminuição dos níveis de testosterona, podem afetar a função erétil. A testosterona desempenha um papel crucial na manutenção da saúde sexual masculina, e a sua redução pode levar a uma diminuição do desejo sexual e dificuldades na obtenção de ereções. Além disso, certos medicamentos, como antidepressivos, anti-hipertensivos e alguns diuréticos, têm sido associados à disfunção erétil como efeito colateral.

É importante destacar que, em muitos casos, a disfunção erétil resulta de uma combinação de fatores. Por exemplo, um homem com hipertensão não controlada e estresse crônico pode enfrentar uma maior probabilidade de desenvolver DE. A compreensão desses diversos elementos é fundamental para uma abordagem eficaz no diagnóstico e tratamento da disfunção erétil, muitas vezes exigindo uma avaliação médica abrangente e colaborativa.

A influência de fatores psicológicos, como ansiedade, depressão e estresse, não deve ser subestimada, especialmente em populações mais jovens. A interação complexa entre aspectos físicos e emocionais destaca a importância de uma abordagem abrangente ao diagnóstico e tratamento da DE.

Tratamento

O tratamento da DE varia com base nas causas subjacentes identificadas durante a avaliação médica. Mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física, a cessação do tabagismo e a moderação no consumo de álcool, podem ser passos iniciais importantes. Abordar problemas emocionais por meio de aconselhamento psicológico também desempenha um papel crucial no tratamento.

Para muitos homens, especialmente aqueles com causas físicas da DE, medicamentos são uma opção eficaz. Inibidores de fosfodiesterase orais, como sildenafil, vardenafil, tadalafil e avanafil, são comumente prescritos para melhorar o fluxo sanguíneo para o pênis. Em casos específicos, quando medicamentos orais não são eficazes, a injeção de alprostadil ou o uso de dispositivos a vácuo podem ser considerados.

Para situações mais graves ou refratárias à terapia medicamentosa, a cirurgia de implante peniano, com a colocação de próteses infláveis, pode ser uma opção. Esses procedimentos devem ser considerados em consulta com um médico, levando em consideração as necessidades e condições específicas de cada paciente.

Este artigo oferece uma visão abrangente sobre a disfunção erétil, desde suas causas até as opções de tratamento disponíveis. Lembrando sempre que a orientação médica é fundamental para uma abordagem personalizada e eficaz.